Post extra: A última casa da rua Needless




Olá, sonhadores! ❤️


A novidade do blog é que, ocasionalmente, publicarei posts extras ― aqueles posts que desejo compartilhar com vocês, mas que não fazem parte do cronograma anual. O primeiro post extra é sobre um livro MARAVILHOSO de tão caótico e perturbador. Estou falando de A última casa da rua Needless, de Catriona Ward, publicado pela Jangada.

Como amanhã é Dia Internacional da Mulher, nada melhor do que indicar uma obra de uma escritora que se tornou uma das minhas favoritas. 😁 Uma confissão: no final da leitura, quando os acontecimentos foram elucidados, fiquei com a minha cabeça saindo fagulhas.

Neste post, vou abordar três motivos para lerem esse livro ― acreditem, não se arrependerão. Além disso, esse é um tipo de livro que vocês devem saber apenas a sinopse. Dica: em hipótese alguma leiam qualquer informação a mais sobre a história.


Breve sinopse: Lulu (ou a Menina do Picolé) é uma garotinha que sumiu 11 anos atrás quando tinha 6 anos. Ted foi o principal suspeito, mas, após a investigação, foi liberado por falta de provas que o incriminasse. Ele vive com sua gata Olívia e sua filha adolescente Lauren. Obviamente, a casa que dá título à obra pertence a Ted.


Sem mais delongas vamos aos motivos que podem aguçar seu interesse em ler A última casa da rua Needless:


1- Diferentes pontos de vista

Os capítulos não são numerados, mas nomeados e alternados entre os personagens. Os capítulos Ted, Olívia e Lauren são narrados em primeira pessoa. Como sabemos, o narrador-personagem não é confiável, pois relata os fatos na sua perspectiva do enredo. Também temos capítulos de Didi, irmã de Lulu, que são contados pelo narrador-observador (primeiro micro-spolier). Cada capítulo é um fragmento da percepção de cada um nesse enigma que tentamos desvendar.


2- Muitas camadas

As muitas camadas dessa trama não são por conta de diferentes pontos de vista. É uma história cuja complexidade há muitos fios que são interligados, mas que estão emaranhados ao longo da narrativa a tal ponto que só entenderemos essas camadas no fim. Os personagens que dão título aos capítulos não estão isentos da dor e da causa-consequência dessa dor (segundo micro-spoiler).


3- Suspense de qualidade

Como sou uma leitora que faz pacto ficcional (ou como diz meu best: “leitora que é levada pela narrativa”), só na metade do livro que comecei a questionar quem de fato é cada um dos personagens. No avançar da leitura, você acha que entendeu a trama, mas NADA TE PREPARA PARA O FINAL! A revelação é de explodir cabeças — ápice do caos e da perturbação. Para mim, o suspense foi muito bem escrito, pois a autora leva os leitores a muitos caminhos, proporcionando-lhes múltiplas perguntas, e, ainda assim, nada condiz com o final.


Um ponto importante sobre o livro: a narrativa é lenta, mas deem uma chance e persistam na leitura. Sério, vocês ficarão gratos por essa construção narrativa de alta qualidade. É uma história difusa que vale cada página. Enfim, espero que eu tenha conseguido despertar sua curiosidade em ler A última casa da rua Needless. Confiem em mim, leiam; depois me contem o que acharam. 😉 Um abraço e até o próximo post. o/



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