Hey, sonhadores!
De antemão, sei que janeiro está quase acabando,
mas como este é o primeiro post do ano, aproveito para desejar: tenham
um ótimo 2023! Que seja um ano repleto
de conquistas e realizações para cada um de nós. Dito isso, vamos ao assunto de
hoje.
Para quem viu a primeira temporada há um tempo, é
importante lembrar que cada naipe indica o gênero da disputa. Como especifiquei no
post Alice in Borderland: jogo de vida e morte:
espadas é um jogo físico; paus, trabalho em equipe; ouros, batalha intelectual;
copas, jogo de traição. Óbvio que reassisti-la é bom, mas, se não deu, relaxe, saber
o significado dos naipes ajuda a entender a dinâmica das partidas.
Com o fim da primeira temporada, percebemos que o
nível de dificuldade na nova temporada será outro, pois os desafiantes da segunda fase serão
cartas de maior valor: os valetes, os reis e as rainhas. Eles são chamados de cidadãos.
No início do primeiro episódio, vemos Arisu jogando
videogame (passado) e, na cena seguinte, ele fugindo do tiroteio (presente).
Essa mistura de presente e passado de Arisu é muito importante para entendermos
a culpa que sente por seus amigos terem morrido. Essa culpa vai assombrá-lo ao
longo da narrativa e, principalmente, no desfecho.
As questões existenciais têm mais força nessa
segunda temporada. Quero realmente voltar ao nosso mundo? Por quê? Vale a pena
voltar? Além das questões: quem são os cidadãos? Eles decidiram ou foram
obrigados a ficar? Existe alguma forma de sair de Borderland? Essas últimas perguntas
são respondidas no final.
A regra é simples: para vencer, derrote o cidadão.
Tá, Karen, mas o que significa ser um cidadão? É a pessoa responsável em criar
a batalha, respeitando, é claro, o naipe ao qual pertence. A disputa e suas regras
são de acordo com os preceitos do criador.
“É durante um jogo que vemos o
verdadeiro caráter de alguém.” (Kyuma — Rei de Paus)
Sem dúvidas, em Alice in Borderland II,
o cidadão mais difícil de derrotar é o Rei de Espadas — acreditem, o cara é brabo
em tiro, porrada e bomba. Além disso, a esperança que todos os personagens têm
é que, derrotando os cidadãos, eles saem de Borderland. Porém, há uma dúvida
que os permeia: será que é isso mesmo?
“Enquanto existir a possibilidade [de voltar],
quero permanecer vivo.” (Arisu)
“É preciso ter esperança para
sobreviver.” (Arisu)
Essa temporada mostra o passado de Akane
(personagem nova), Tatta, Chishiya e Ann. No caso dos dois últimos, explica o
porquê eles são frios com a morte e mais racionais durante as disputas. Também mostra o passado do Rei de Paus e do Rei de Ouros, ajudando-nos a entender o jogo que criaram e suas regras.
A última batalha é o da Rainha de Copas. Sim, sonhadores, dá jus ao universo de Lewis Carroll (a partida de críquete) e ao naipe. Se é para brincar com as emoções de Arisu e dos telespectadores, nada melhor do que um jogo da maravilhosa Rainha de Copas, não é mesmo?
“A vida é um jogo. Tente se divertir.” (Mira Kano — Rainha de Copas)
Confesso: não senti falta da carta Curinga até ela aparecer
na última cena da série. Quem joga baralho, sabe que essa carta dá uma vantagem
ao jogador que a tem. Porém, em Alice in Borderland, não há vantagem
para ninguém. Quer viver? Sobreviva a cada partida. Nesse sentido, não tem
necessidade dela estar presente — a não ser que fosse um personagem, mas aí são
outros quinhentos.
A carta Curinga no final proporciona inúmeras interpretações. A princípio, a minha interpretação é que ela anula todas as cartas (os jogos), mas depois pensei que a sua presença é uma despedida do tipo “esse é o entretenimento que eu queria apresentar a vocês”. E aí, sonhadores, qual a sua interpretação?
Para finalizar, amei as duas temporadas de Alice
in Borderland e é, com certeza, uma das minhas favoritas. É uma das
séries mais redondas que já vi, pois mostrou o passado, as motivações dos
personagens e explicou o porquê da personalidade deles. Sinceramente, espero
que não haja terceira temporada: nem continuação, nem prequela. Para mim, teve
um desfecho bom e amarrado. Quem assistiu à última temporada, sabe o que significa
os fogos de artifício, ou seja, o que aconteceu em Shibuya é uma verdade e ponto
final. A última cena deixa em aberto a múltiplas interpretações? Sim, mas isso
se refere ao significado da carta Curinga para cada telespectador e para os fãs criarem teorias. Alguns acharão
que, por conta desse final, terá a terceira temporada, mas acho desnecessário.
O que vocês acharam de Alice in Bordeland II?
Acham que a série teve um bom desfecho? Gostaram das duas temporadas? Por que acham
que precisa ou não de uma terceira temporada? Comentem para trocarmos ideias.
Um abraço e até o próximo post! o/
❊
A segunda temporada realmente mostrou para que veio. Só espero que não façam uma terceira temporada explorando coringa e ignorando que a trama fechou muito bem (fora que o mangá foi concluído). Difícil finalizar de forma coerente um jogo de vida e morte em um mundo distopico que não respeita as leis da física, mas surpreendentemente conseguiram, então, espero que deixem assim. Personagens favoritos Shishiya e Kuina XD
ResponderExcluirConcordo com vc, Naty. Chishiya também é o meu personagem favorito — acho difícil não gostar dele. Kuina é braba, né? Personagem duplamnete forte: física e mentalmente. :D
ExcluirEm terceiro acho que Akane, tivemos pouco dela e mesmo assim garantiu espaço no meu kokoro. Não que eu não goste da Ann, Arisu, Usagi, etc., mas sempre temos nossos faves u.u
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