Contos para (re)ler no Halloween


Hey, sonhadores! 

Uma das coisas de que mais gosto nos contos é dizer muito no pouco, além das múltiplas interpretações que o conto suscita. No post de hoje, indico contos para (re)ler no halloween. Para isso, farei um breve resumo de dois contos. Boa leitura!

 

1-    Assombrações de agosto (Espantos de agosto) – Gabriel García Marques

O protagonista com sua família (esposa e dois filhos) vão a Arezzo (região da Toscana) visitar o escritor venezuelano Miguel Otero Silva e o seu castelo renascentista. Como estavam perdidos, pediram informações a uma velha pastora e ela pergunta se vão para dormir. Eles responderam que não, só iam para almoçar. Ela fala: “Ainda bem, porque a casa é assombrada.”

Os adultos não acreditaram e as crianças se animaram para conhecer o fantasma. Miguel, como um ótimo anfitrião, os recebe com um almoço e conta que um dos moradores mais ilustres do castelo foi Ludovico — este é o responsável por dar ao castelo a fama de mal-assombrado.

O narrador protagonista diz: “Assim, sem sobrenome: Ludovico, o grande senhor das artes e da guerra, que havia construído aquele castelo de sua desgraça, e de quem Miguel Otero nos falou durante o almoço inteiro. Falou-nos de seu poder imenso, de seu amor contrariado e de sua morte espantosa.”

Deixo duas perguntas: qual fim tem Ludovico? Qual impacto Ludovico causa no protagonista?

Conto escrito em outubro de 1980 e publicado no livro Doze contos peregrinos (Doce cuentos peregrinos).

 

 

2-    O cão (Der hund) – Friedrich Dürrenmatt

O protagonista, nos primeiros dias após chegar à cidade, repara em um homem que lia passagens da Bíblia acompanhado de um cão gigante, pavoroso, negro, de pelos lisos e olhos da cor amarelo-enxofre. Já o homem pregava com a voz tranquila, e firme; seu discurso transmitia simplicidade e segurança, nunca recorria a alegorias.

A ligação do homem com o cão levou o protagonista a segui-los — já que essa ligação lhe causava estranheza. A princípio, os seguia discretamente, mas depois deixou de se esconder para que o homem o visse. Após várias semanas, o homem convidou o protagonista para que o acompanhasse até em casa. Lá conhece a filha do pregador. Ela lhe explica quem o pai foi: um homem rico que decidiu abandonar tudo para pregar a Verdade. Também disse que o cão apareceu do nada na casa e, desde então, acompanha o pai nas pregações.

O cão é o que parecer ser: nefasto. O que o cão fará é o trunfo desse conto. Para além disso, penso nos múltiplos sentidos/significados que esse cão pode inferir no leitor.

Conto publicado em 1951.

 

 

 Espero que tenham gostado da minha singela seleção. E aí já conheciam e/ou leram um dos contos mencionados? Se não, espero que meu breve resumo desses contos incite vocês a lê-los. Um abraço e até o próximo post! o/




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