Lista de referências do livro Bonsai


Hey, sonhadores! 

 

Na segunda (18), foi Dia Nacional do Livro Infantil e, no sábado (23), será comemorado o Dia Mundial do Livro. E, para incentivar a leitura, venho com uma lista de livros. Como sabem, adoro encontrar referências (ainda mais de livros) em obras que estou lendo ou assistindoMas primeiro tenho que explicar a origem dessa lista.

O livro Bonsai, de Alejandro Zambra, é um ótimo exemplo de metaliteratura (a literatura se autorreferencia). “Mas como assim, Karen?” É um recurso que o autor utiliza para colocar a literatura como centro temático de uma obra. No caso de Bonsai, a autorreferenciação acontece na menção a outras obras literárias.

Faz um bom tempo que li essa novela (recomendo que a leiam) e achei incrível esse aspecto do livro (a metaliteratura). Por isso, o post de hoje é para colocar todos os livros que são referenciados ao longo da leitura. O romance entre Julio e Emilia começa com uma pequena mentira: como alunos de Letras, ambos afirmam terem lido Proust. Segue o trecho dessa mentira:

 

A PRIMEIRA MENTIRA QUE JULIO CONTOU A Emilia foi que tinha lido Marcel Proust. Não costumava mentir sobre suas leituras, mas naquela segunda noite, quando os dois sabiam que alguma coisa estava começando entre eles, e que essa coisa, durasse o quanto durasse, ia ser importante, naquela noite Julio impostou a voz e fingiu intimidade, e disse que sim, que tinha lido Proust, aos dezessete anos, num verão, em Quintero. [...] Naquela mesma noite, Emilia mentiu pela primeira vez para Julio, e a mentira foi a mesma, que tinha lido Marcel Proust. No começo, ela se limitou a concordar: Eu também li Proust. Mas logo houve um grande silêncio, que não era um silêncio incômodo, mas expectante, de maneira que Emilia precisou completar a história: Foi no ano passado, não faz muito tempo, levei uns cinco meses, andava atarefada, você sabe, com os trabalhos da faculdade. (p. 20-21)

 

O relacionamento deles não foi baseado em mentiras, mas essa foi uma forma que encontraram para começarem algo que sabiam que iria acontecer. No livro, são mencionados também nomes de autores e um conto. Detalharei todos (sem exceção) pela ordem: livros » conto » escritores – é importante ressaltar que a lista abaixo não segue, necessariamente, a ordem que aparecem na novela. Sem enrolação, vamos às obras:

 

  Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust;

  O livro de Monelle, de Marcel Schwob;

  O pavilhão dourado, de Yukio Mishima;

  Um homem que dorme, de Georges Perec;

  As coisas, de Georges Perec;

  Antologia da literatura fantástica, de Jorge Luis Borges, Adolfo Bioy Casares e Silvina Ocampo;

  Madame Bovary, de Gustav Flaubert;

  Cobra, de Severo Sarduy;

  Cocuyo, de Severo Sarduy;

  Escrito sobre um corpo, Severo Sarduy;

  O melhor de Octavio Paz, de Octavio Paz;

  Vida de um homem, de Giuseppe Ungaretti;

  Obras completas, de Pablo Neruda;

  Alhué, de González Vera;

  Fermina Márquez, de Valéry Larbaud;

  Tantalia, de Macedonio Fernández (conto);

  Jack Kerouac;

  Heinrich Böll;

  Vladimir Nabokov;

  Truman Capote;

  Enrique Lihn;

  Rubén Darío;

  Juan Carlos Onetti;

  Raymond Carver;

  Ted Hughes;

  Tomas Tranströmer;

  Armando Uribe;

  Kurt Folch;

  Friedrich Nietzsche;

  Émile Cioran;

  Anton Tchekhov;

  Franz Kafka;

  Delmira Agustini;

  Severo Sarduy;

  Rainer Maria Rilke;

  Walter Benjamin;

  Claudio Giaconi;

  Cristina Peri Rossi.


Essa é a lista de livros e de autores que Alejandro Zambra referencia em seu livro. Espero que tenham gostado. Quais desses livros e/ou autores vocês já leram? Se vocês quiserem, faço uma resenha de Bonsai. Mais uma coisa: vocês podem encontrar esse conto no livro Ficção 2006-2014, lançado pela Companhia das Letras. Um abraço e até o próximo post! o/ 


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