Outra carta sintética



  
      P. Verona,

Algumas coisas acontecem em nossa vida que nem percebemos. Uma delas foi eu ter gostado de você (não só como amigo) e foi um processo gradual. Não sei se foram os atenuantes que nos cercam, mas a nossa história ficou embargada e queria que você soubesse que eu teria coragem para assumir o que sentia e que seria uma versão modificada (Óbvio!) de Scott Pilgrim contra o mundo (rs). Para mim, o pior foi que eu não tive espaço para contestar/refutar as suas desculpas explicações do porquê não — você preferiu não confiar em mim. Realmente, acredito que você poderia ter me dado uma chance, porém você já tinha feito uma escolha e a repetiu como um mantra (Para mim ou para você?): "somos apenas amigos"  também ouvi "você merece alguém melhor" (Quem disse? Quem tomou essa decisão por mim?). Falei que continuaríamos amigos e de fato continuamos sendo, mas fiquei triste por nunca termos conversado melhor sobre o assunto (Será que percebeu a dimensão do que eu sentia por você?) — não mais do que você ter decidido o que era melhor para mim. Talvez tinha quer ser assim — não sei, só o tempo dirá (tempo... remédio para todos os males, inclusive para as desventuras de um amor platônico). Tenha a certeza de que eu não guardo rancor e que de coração torço para que você seja muito feliz.

      Apesar dos pesares, saiba que eu gosto muito de você.






Abraços de urso,
K. Stratford


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