Uma carta sintética

P. Verona,

Ao ouvir a música I will (Matchbox Twenty), senti uma dorzinha no peito. Fui procurar a tradução (como sempre faço quando alguma música mexe comigo) e percebi que tem muito a ver com o que já conversamos. De alguma forma, ela me lembra você por três motivos muito simples: i) que sempre estaria comigo, ii) que acredita mais em mim do que eu mesma, iii) que posso contar com você para qualquer coisa. Agradeço muito por isso e sei que os três tópicos são sinceros. Mas, no momento, temos que seguir caminhos paralelos e não perpendiculares (não sei se faz algum sentido rs), porque chegamos a um ponto estranho (talvez obscuro). Saiba que prezo muito nossa amizade e por tal apreço preferi me afastar e continuarmos sendo amigos do que ficar próxima e a relação se desgastar a tal ponto de nos tornarmos dois estranhos. Não sei se sente a minha falta como sinto a sua, mas tenha a certeza de que um dia nossos caminhos se cruzarão e voltaremos a ser os amigos bobos, chatos e zoeiros que somos. Apesar dos pesares, quero que você fique bem (não é um pedido) e lembre-se de que gosto de te ver sorrindo.

Abraços de urso,
K. Stratford

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