Hey, sonhadores! ❤
Lendo O caçador de pipas, de Khaled
Hosseini, deparei-me com o seguinte trecho:
– Então, porque não vai perguntar a ele, já que é tão esperto – disse eu, mais rispidamente do que pretendia. Não tinha dormido nada aquela noite. Meu pescoço e minhas costas estavam parecendo molas bem enroladas, e meus olhos pinicavam. De todo modo, tinha sido uma peste com o Hassan. Quase pedi desculpas, mas acabei não fazendo nada. Hassan ia compreender que eu estava nervoso. Ele sempre compreendia o que acontecia comigo (HOSSEINI, 2005, p. 66).
Não sei vocês, mas, para mim, esse é um pensamento mesquinho – achar que as pessoas vão lhe compreender e que, por isso, não precisa pedir desculpas. Errar é algo intrínseco do ser humano, mas, ainda assim, reconhecer o erro e não fazer nada para reparar porque o outro vai entender o seu jeito (ou porque é orgulhoso demais para isso) é a pior forma de levar a vida. Não há nada de desastroso ou de inferior ao se desculpar por algo que fez. O bom convívio e o bom relacionamento não são baseados na boa vontade do outro em lhe entender sempre que faz cagada – até porque ninguém é obrigado a nada; além disso, pedir desculpas é uma atitude de maturidade. No caso do trecho acima, Amir foi ríspido com Hassan e este ficou chateado, e a situação ficou por isso mesmo (Quem nunca?). Hassan é resignado por ser de classe inferior em relação ao amigo-patrão, mas a vida real não é assim, pois, se todas as ofensas (de toda ordem) passarem por essa situação, o convívio e o relacionamento serão deteriorados ao longo do tempo. Portanto, essa reflexão não para aqui, exige uma prática diária, pois não estamos insetos de magoar o próximo no decorrer da nossa vida.
Um abraço e até o próximo post! o/
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