Dica de leitura: Querida Penelope


Hey, sonhadores! ❤️


Dia 12 foi o Dia dos Namorados, e dia 28 será o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. 🏳️‍🌈🏳️‍⚧️ Para prestigiar essas duas datas, este post é sobre o livro Querida Penelope, de Arquelana, publicado pela Qualis. Preciso mencionar que tem a melhor dedicatória que já li. Classificação etária: 18 anos.

Cleo, depois de ser demitida do emprego em uma editora, aceita uma proposta de sua amiga tradutora: traduzir cartas eróticas para figuras do poder judiciário brasileiro. Só que, no primeiro trabalho, Cleo indaga como traduzir se a carta está ruim em português. Então o cliente lhe pede que escreva uma carta erótica e a traduza para o inglês. É a partir desse trabalho que começa a trabalhar escrevendo cartas eróticas para políticos.

É importante ressaltar que ela não quer nenhum envolvimento com os clientes (não quer saber o nome, se tem família, o que faz ou deixa de fazer), por isso adota o codinome Penelope (referência à escritora de romance dark Penelope Douglas). Os clientes gostam dessa tática e também usam um codinome — sim, o deputado a recomenda para outras pessoas. O ponto é que Cleo tem um grande questionamento: como escrever essas cartas se é demissexual?

Para escrever essas cartas, ela pede aos clientes que respondam um questionário e relatem qual experiêcia foi marcante. A criatividade para escrevê-las surge com Marina. Um adendo: no dia que encontrou sua amiga tradutora para lhe explicar como funciona o trabalho, Cleo esbarra com sua ex-namorada (que partiu seu coração três anos atrás) na rua. A partir daí, as duas se encontram mais duas vezes antes de Cleo ter uma ideia: (i) Marina escreverá o novo livro que se passa em São Paulo, mas precisa conhecer a cidade novamente, e (ii) Cleo precisa escrever as cartas que se passam em distintos lugares. Então, nada melhor do que juntar as duas situações e cada uma ter seu processo criativo a partir desses passeios.

O problema é que Cleo ainda está superando o término do seu relacionamento com Marina — não a superou como tinha pensado. A proximidade das duas faz com Cleo perceba que ainda a ama, mas como dar segunda chance se a confiança que tinha em Marina acabou? Se sua ex está superando o último relacionamento que viveu? Quando o relacionamento (namoro/casamento) acaba, é definitivo? Segunda chance é realmente possível?


Querida Penelope é divertido, pois dei boas risadas ao longo da leitura (justo numa época complicada para mim — rir me trouxe um pouco de alívio). As situações em que Cleo se mete com Marina para ter inspiração são ótimas. E digo mais: o livro explicita de forma orgânica a demissexualidade, além de ser sobre autodescoberta e segunda chance. É o primeiro romance sáfico que li e recomendo sem pensar duas vezes. Ademais, a obra tem playlist.




🌈


Comentários